Você deve estar achando esquisito o fato de eu não ter colocado seu nome nessa carta. Nem nada de amor, paixão, chuchuzinho, amorzinho, queridinho (acrescente ou tire apelidos que se encaixam em sua relação) e todos esses diminutivos que geralmente pessoas apaixonadas (se for o caso de vocês usarem apenas diga isso, que vocês usam) usam. É só você. Uma carta para você. Para a pessoa que, de um jeito ou de outro, me fez ser alguém melhor.
Veja bem, eu não escrevi seu nome porque não quero rotular esse sentimento. Ele é muito puro. Leve demais para se chamar amor e complicado demais para ser qualquer outra coisa. Não vou colocar seu nome nele porque pode parecer possessivo demais, mas também não vou negar que, de uns tempos pra cá, pensar em você virou um dos meus vícios.
E é por isso que resolvi escrever, para colocar meus motivos à prova.
Ou simplesmente para provar a mim mesma que tenho motivos para te amar.
E é aí que entra a questão do seu nome. Essa carta. O você sublinhado, é para mim. E para você. O você dessa questão somos nós dois. Nós, como um casal. É por meio dela que vou colocar meu amor a prova porque direi todos os motivos que tenho para te amar. Eu poderia separar em duas colunas e colocar o que eu amo e o que odeio em você, mas não ia adiantar porque as coisas que eu odeio, às vezes eu também amo. É uma mistura de sensações que só o amor, essa confusão de sentimentos, é capaz de mostrar.
Veja bem meu querido, eu amo (coloque aqui todas as coisas que você ama nele, pense, repense, faça isso com calma e bote seu coração nessas palavras) e por mais que eu odeie (agora as coisas que você odeia nele) ainda sim consigo encontrar motivos para te amar.
Porque você virou nós e nós somos esse todo que precisamos para o nosso mundo.
Só queria que você soubesse disso. Eu. Você. Nós. E essa carta.
Destinada para você.