Sempre tive medo que esse amor fosse como os outros. No começo é aquela paixão incontrolável, avassaladora e que te arremessa a 500 quilômetros por hora para o céu, mas depois vira aquele chiclete que perdeu o gosto, você sabe por que o quis, você lembra como o gosto era bom, você queria muito que voltasse a ser como antes, mas ele nunca voltará a ser o que foi um dia.
Agora, depois de todo esse tempo e olhando para o começo, só o que passa pela minha cabeça é: “Por que você tinha medo mesmo? Qual é o seu problema? Como foi que você não percebeu desde o primeiro flerte que TUDO com ele é diferente?”
Na primeira vez que você segurou na minha cintura e me puxou para mais perto, eu senti todo o meu 70% a de água corporal borbulhar, e hoje, quando você me envolve pela cintura e sussurra “minha linda” no meu ouvido, eu duvido que só exista essa porcentagem de água dentro de mim. Quando dormi nos seus braços pela primeira vez, pensei que só encontraria uma poçinha de mim quando acordasse, que o seu calor, o seu amor e a minha felicidade me derreteriam no meio da noite, e agora, todo aconchego na nossa cama, eu me derreto de noite e me forço a me recompor de manhã só para poder ver mais uma vez o seu sorriso doce ao acordar e me ver deitada ao seu lado, te abraçando e sorrindo de volta.
É como se com o passar do tempo, cada sensação fosse amplificada e ainda ganhasse uma dose extra de intimidade, carinho, respeito, cumplicidade e companheirismo. É como se o meu chiclete fosse feito de vinho ou whisky e a cada dia ficasse mais e mais gostoso.
Eu entendo que você nunca compreenderá meu amor maluquinho. Entendo que, para você, a rotina canse, o dia-a-dia massacre e o para sempre não seja um objetivo tão certeiro assim. Mas, meu anjo, sou capaz de te colocar em qualquer outro doce para que você fique, para não ter nunca que trocar meu ingrediente favorito. Chocolate com você, doce de leite com você, sorvete com você, marshmallow com você, eu com você… eu de você.