Mais perto que imagina | Namorada Criativa - Por Chaiene Morais
Crônicas e Histórias

Mais perto que imagina

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Acordei mais cedo do que o normal numa manhã cinzenta de terça-feira. Uma atitude assim vinda de mim é de se suspeitar, pois é muito raro que eu acorde nesse horário. Só que, para mim, hoje poderia ser um dia bom e diferente de todos os outros.

Saí de casa às 7 horas e como um britânico ele já estava na porta do meu prédio. Não pude deixar de reparar o largo sorriso estampado em seu rosto e, inevitavelmente, retribui. Quando estou com ele, as coisas fluem naturalmente. Eu não fico nervosa, não gaguejo e nem troco as palavras. Ele não me intimida e não me sinto na obrigação de ser quem ele espera que eu seja.

Fomos caminhando em direção à faculdade e já tão cedo, as borboletas dominavam meu estômago. Essa sensação, que há muito tempo não era presente em mim, trouxe uma espécie de felicidade momentânea. A última vez que senti a presença dessas amiguinhas, achei que seria verdadeiro.

Durante o caminho, ele perguntou se dormi bem e eu disse que poderia ter sido melhor. Segurou a minha mão e disse que com o tempo, todo esse vazio dentro de mim iria se preencher novamente.

Ele sabe que havia sido traída pela pessoa a qual eu achava que se importava comigo e me amava de verdade. Por mais que tenha acontecido há dois anos atrás, ele não fala sobre isso tão abertamente e não me pressiona a dar um passo a frente. Ele sabe como respeitar meu tempo.

Toda essa história de achar que determinada pessoa é o amor clichê da sua vida me fez desacreditar nos filmes da Disney, nas comédias românticas de sábado a noite e acabou com muitas teorias que eu acreditava.

Neste dia uma nova teoria começou a se formar dentro de mim. E se o meu clichê estava do meu lado o tempo todo e eu não vi? E se eu estava focada demais em procurar além enquanto meu refúgio está bem aqui segurando a minha mão e dizendo que tudo vai ficar bem? E se meu amor clichê é meu melhor amigo de infância? Isso poderia dar certo?

Não queria saber a resposta. Era hora de arriscar. Apertei forte a mão dele e como se esse ato fosse um código, ele me puxou para perto e beijou meu rosto.

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