Final de 2013:
Eu adoraria dizer que aquela famosa frase “morar junto engorda” é pura mentira, só que não é. Assim que conseguimos conquistar nossa tão sonhada casinha, duas coisas acontecem:
1- Surge uma incrível vontade de fazer todas as receitas do mundo. Seja para agradar seu companheiro ou simplesmente para sentir a sensação de “dona do lar”.
Aqui em casa, por exemplo, a cada 5 objetos que eu comprava, 4 eram de cozinha. Incrível! Existem tantas coisinhas, forminhas, panelas desenhadas, panos de prato das princesas, sério, tudo tão fofinho que é impossível não surtar e querer levar tudo. Depois de gastar parte do orçamento com mil utensílios culinários, obviamente queremos usar, então surge a fase que você começa a assistir programas de culinária, se inscrever em canais de receitas no youtube e descobre que aquele naked cake não é tão difícil quanto parece. Eis que nasce uma cozinheira!
2- Depois da alegria, começamos a “cair na real”. Chegar do trabalho cansada, cuidar do cachorro, limpar a casa e ainda ter que cozinhar são muitas tarefas então muitas vezes compensa mais pedir uma pizza e ficar tranquila jogada no sofá. Ou melhor ainda, comer alguma besteria na rua para facilitar a vida já que isso evita todo o trabalho de lavar e guardar a louça. Genial!
Acontece que, a menos que você tenha um ótimo salário, comer na rua todos os dias fica muito caro e você preocupada com as finanças, afinal agora você tem MUITAS contas para pagar, acaba escolhendo as opções menos saudáveis e, lógico, mais baratas. Aquela promoção de “salgado + refresco por R$ 3,00” é tão tentadora, né?
A minha vida inteira eu lutei contra a balança e juro que adoraria contar para vocês uma fórmula mágica diferente daquele papo de “comer coisas saudáveis a cada 3 horas”. Eu, mais do que ninguém, sei como é horrível resistir ao mundo calórico e a chatice de ficar ouvindo “pseudos-nutricionistas” querendo se meter na sua alimentação.
NÃO SOU MÉDICA, NUTRICIONISTA, PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NÃO VOU PASSAR UMA DIETA MILAGROSA NESSE POST. Humildemente posso compartilhar minha experiência morando com meus pais, com amigos, com o namorado e como isso mudou minha rotina alimentar.
Quando eu morava com minha mãe, não podia escolher o que comer. Na verdade, uma vez cismei que era “vegetariana” e minha mãe riu na minha cara e fez frango no almoço. É gente, a vida de adolescente é difícil! Eu levava biscoitos para o lanche da escola e gastava meus enoooormes R$5,00 em balas. Hahahaha, que saudade dessa época.
Aos 22, como já falei algumas vezes, fui morar com amigos e a primeira coisa que pensei foi “agora vou comer o que eu quiser e nunca mais vou sentir o cheiro de feijão” – eu odeio feijão e minha mãe me obrigava a comer. Mas não foi bem assim que aconteceu! Minha rotina era muito intensa, chegar da faculdade e cozinhar só para mim não era tão legal como eu imaginava. Então eu acabava comendo na rua e mesmo tentando escolher opções aparentemente saudáveis não deu certo porque eu não tinha um planejamento! Cheguei a fazer uma dieta e perdi uns poucos quilos que voltaram em dobro logo depois.
Então realizei meu maior sonho e vim morar com o Caio, só que aquele ditado começou a me amedrontar. Veja bem, eu NUNCA tive problemas por estar acima do peso, NUNCA. E para o Caio muito menos, na verdade ele prefere as gordinhas! Mas quando percebi que estávamos executando os 2 tópicos aí de cima, tivemos uma conversa séria e decidimos fazer uma reeducação alimentar. Finalmente podíamos escolher o que comer, a que horas comer, qual lanche levar e realmente não fazia sentido continuar comprando biscoitos recheados ao invés de frutas, por exemplo.
Mas como todos os casais jovens, ainda precisamos da alegria de sair para jantar sem se preocupar com as calorias do prato e poder tomar sorvete de sobremesa. Por isso optamos por equilibrar a alimentação durante a semana e só abusar nos finais de semana. A parte principal desse estilo de vida é estarmos juntos nesse objetivo, um dando apoio para o outro. E foi assim que perdi 11 quilos: alimentação saudável e parceria do namorado.
Esse texto todo foi só para dizer que você é quem decide o seu caminho. Você pode sim fazer parte dos casais que moram junto e engordam (e não dar a mínima para isso) ou pode morar junto e emagrecer. A grande questão aqui é que nessa altura da vida devemos levar as coisas mais a sério, fazer escolhas sábias e finalmente cuidar do que realmente importa sem se preocupar com o que os outros dizem.
* Muito mais no Morando Junto.