E lá vou eu mais uma vez. Armadura vestida e muralhas construídas. Desta vez não vou deixar você me desarmar tão fácil assim, dessa vez não vou cair sem lutar.
Respiro, tomo coragem e digo a mim mesma para ter força. Entro. Meus olhos são os primeiros a fraquejar, querem te procurar, não deixo, mas aparentemente meu cérebro tinha uma aliança com eles e mesmo que eu os tenha controlado meu cérebro foi mais rápido, ele te achou.
Sua presença inunda meu corpo. Qual é a droga do problema com meus sentidos? Eles deveriam ajudar a proteger meu coração e não gostar de vê-lo sucumbir a você outra vez, afinal estamos no mesmo time. Mas hoje é diferente, você diferente, eu estou diferente. Tudo mudou. É impossível desviar meu olhar.
Lute com mais força, lute. Mas é tarde demais. Você cruzou a muralha e fez meu coração de refém. E a vítima se apaixona por seu sequestrador.
Não, para com isso, sempre há uma chance, fuja. Quase rio dos meus próprios pensamentos. Pobre menina ingênua acha mesmo que escapará ilesa? Não quero mais isso dentro de mim, já chega, foi o suficiente.
Essa batalha não é nada justa, enquanto luto com arcos, flechas e pedras, você vem com essas armas nucleares. E então você me abraça, bomba atômica. Fim da guerra.