É incontrolável. Em um quinto de segundo seu cérebro já ativou 12 áreas diferentes e liberou várias substâncias: dopamina, ocitocina, adrenalina e vasopressina. Aí, amigo, ferrou. Pelos próximos dias, semanas ou meses, esse ser humano que deixou seu cérebro em êxtase não vai sair do seu pensamento. Você se apaixonou.
Rápido, não? Pois é, quem descobriu foi a equipe da neurocientista Stephanie Ortigue, da Universidade Syracuse, nos Estados Unidos. Depois de analisar uma porção de estudos sobre o comportamento do cérebro durante uma paixão, ela também concluiu que o amor é como uma droga (vicia tanto quanto cocaína, já que ativa as mesmas substâncias relacionadas ao prazer). É por isso, aliás, que temos força para superar os desafios e obstáculos quando nos apaixonamos – só para provar um pouquinho mais daquela sensação boa.
Mas vale uma ressalva: isso não serve para justificar um amor à primeira vista. De acordo com o estudo, a paixão instantânea e as descargas químicas do cérebro ocorrem quando você olha para aquela pessoa na qual você já está interessado.
E, sim, o amor nos faz mesmo mudar alguns comportamentos. Segundo a pesquisa, quando a gente se apaixona passa a se preocupar com o modo como a outra pessoa nos vê. Aí compramos roupas diferentes, emagrecemos. (Também não precisa ser nenhum gênio para concluir isso, né?).
Aí fica a questão: esse tal de amor é só uma química do cérebro ou tem algo a ver com o coração? “Essa é sempre uma questão difícil. Eu diria que é do cérebro, mas o coração também tem relação, pois o complexo conceito de amor é formado por processos que vão do coração ao cérebro e vice-versa”, explica Ortigue.
E você? Concorda?